"Tron" retorna ao cinema 28 anos depois do primeiro filme
Enviado: Seg Dez 13, 2010 05:04
Versão atual mostra filho do personagem de Jeff Bridges entrando no mundo virtual, como o pai
Há 28 anos, "Tron", um dos primeiros filmes com efeitos de computação gráfica produzidos por Hollywood, se tornava um fracasso de bilheteria. O filme de Steven Lisberger, no entanto, acabou se tornando ao mesmo tempo um cult, destinado a retornar em 2010 como uma obra retrô-futurista. O ator americano Jeff Bridges (O Homem de Ferro e Coração Louco), que participou do filme original, interpreta dois papéis. A trilha sonora é do duo francês de música eletrônica Daft Punk.
"É uma história complicada, porque estamos construindo sobre uma trama que foi feita em 1982 e criando uma história intermediária 28 anos depois", explicou o diretor Joseph Kosinski, um arquiteto e engenheiro mecânico que se tornou um talentoso criador multimídia.
Os múltiplos prêmios que Kosinski recebeu como diretor dos comerciais dos jogos eletrônicos "Gears of War" e "Halo" convenceram a Disney de que este versátil profissional de 36 anos era o melhor nome para ressuscitar "Tron - O Legado", em uma história com tecnologia de ponta que chegará aos cinemas dos Estados Unidos e Brasil na próxima sexta-feira, 17 de dezembro.
A primeira versão custou US$ 17 milhões e arrecadou, após várias semanas em cartaz, US$ 33 milhões, um valor baixo para as expectativas de Hollywood - então maravilhado com a arrecadação de "Guerra das Estrelas". A trama original mostra um programador de vídeo-games, interpretado por Jeff Bridges, que entrava no mundo dos programas de computador e vivia diversas aventuras. "Este é um dos filmes que leva muito tempo para ser feito. Estamos falando de todos os progressos tecnológicos alcançados desde o primeiro filme", explica o diretor.
"O filme de Steve (Lisberger, agora produtor da continuação) levou nove meses na pós-produção, enquanto o nosso levou 18 meses. Mesmo com todos os avanços da tecnologia atual, levamos ainda mais tempo para concluir", disse Kosinski, que admitiu ter sido "duro" levar o longa-metragem adiante.
Como é frequente, os produtores evitam falar do orçamento, mas se presume que o custo da produção chegou a US$ 200 milhões para mostrar Bridges - Oscar de Ator em 2010 - ainda preso nas redes virtuais. O filho do personagem, interpretado por Garrett Hedlund, entra por curiosidade no mesmo mundo de programas cibernéticos e jogos de luta, com motos e movimentos estilizados, ao som da trilha sonora dos franceses do Daft Punk, que o cineasta afirma admirar há muito tempo.
"Foi um pouco surrealista sentar para tomar café da manhã com eles há três anos e meio e dizer: "Estou fazendo este filme, 'Tron', e penso que vocês seriam perfeitos. E foi assim que descobrimos que estávamos criativamente em sintonia", disse Kosinski, ao refletir sobre sua estreia cinematográfica em um hotel de Beverly Hills. "Queríamos uma trilha sonora original clássica, que mesclasse música eletrônica e orquestral de uma maneira única", completou sobre as melodias da trama, que têm papel importante no andamento do roteiro.
O elenco inclui a bela Olivia Wilde, conhecida pelo papel de "Thirteen" na série de TV "House", e Bruce Boxleitner, que também participou no "Tron" original. Bridges, que completou 61 anos há poucos dias, interpreta dois personagens, um deles bem mais jovem graças ao 'bisturi' dos computadores. "No fundo meu personagem não mudou tanto, mas acredito que o entusiasmo dele pela tecnologia se perdeu um pouco por ter ficado preso dentro do computador", declarou o carismático vencedor do Oscar por "Coração Louco", em uma entrevista coletiva em Los Angeles. "Há 27 anos, 'Tron' foi um filme realmente de vanguarda. Claro que agora, ao olhar para trás, parece uma antiga série de televisão em preto e branco", completou.
Segundo Kosinski, o envolvimento no projeto demandou um grande interesse por design e criação. "Fiquei feliz com a possibilidade de criar um mundo a partir do zero, no qual os veículos, figurino, arquitetura e todo o restante são sentidos como se encaixassem de verdade", concluiu o diretor, que também admitiu o nervosismo para saber se cumpriu as expectativas dos fãs.
Fonte: AFP
Há 28 anos, "Tron", um dos primeiros filmes com efeitos de computação gráfica produzidos por Hollywood, se tornava um fracasso de bilheteria. O filme de Steven Lisberger, no entanto, acabou se tornando ao mesmo tempo um cult, destinado a retornar em 2010 como uma obra retrô-futurista. O ator americano Jeff Bridges (O Homem de Ferro e Coração Louco), que participou do filme original, interpreta dois papéis. A trilha sonora é do duo francês de música eletrônica Daft Punk.
"É uma história complicada, porque estamos construindo sobre uma trama que foi feita em 1982 e criando uma história intermediária 28 anos depois", explicou o diretor Joseph Kosinski, um arquiteto e engenheiro mecânico que se tornou um talentoso criador multimídia.
Os múltiplos prêmios que Kosinski recebeu como diretor dos comerciais dos jogos eletrônicos "Gears of War" e "Halo" convenceram a Disney de que este versátil profissional de 36 anos era o melhor nome para ressuscitar "Tron - O Legado", em uma história com tecnologia de ponta que chegará aos cinemas dos Estados Unidos e Brasil na próxima sexta-feira, 17 de dezembro.
A primeira versão custou US$ 17 milhões e arrecadou, após várias semanas em cartaz, US$ 33 milhões, um valor baixo para as expectativas de Hollywood - então maravilhado com a arrecadação de "Guerra das Estrelas". A trama original mostra um programador de vídeo-games, interpretado por Jeff Bridges, que entrava no mundo dos programas de computador e vivia diversas aventuras. "Este é um dos filmes que leva muito tempo para ser feito. Estamos falando de todos os progressos tecnológicos alcançados desde o primeiro filme", explica o diretor.
"O filme de Steve (Lisberger, agora produtor da continuação) levou nove meses na pós-produção, enquanto o nosso levou 18 meses. Mesmo com todos os avanços da tecnologia atual, levamos ainda mais tempo para concluir", disse Kosinski, que admitiu ter sido "duro" levar o longa-metragem adiante.
Como é frequente, os produtores evitam falar do orçamento, mas se presume que o custo da produção chegou a US$ 200 milhões para mostrar Bridges - Oscar de Ator em 2010 - ainda preso nas redes virtuais. O filho do personagem, interpretado por Garrett Hedlund, entra por curiosidade no mesmo mundo de programas cibernéticos e jogos de luta, com motos e movimentos estilizados, ao som da trilha sonora dos franceses do Daft Punk, que o cineasta afirma admirar há muito tempo.
"Foi um pouco surrealista sentar para tomar café da manhã com eles há três anos e meio e dizer: "Estou fazendo este filme, 'Tron', e penso que vocês seriam perfeitos. E foi assim que descobrimos que estávamos criativamente em sintonia", disse Kosinski, ao refletir sobre sua estreia cinematográfica em um hotel de Beverly Hills. "Queríamos uma trilha sonora original clássica, que mesclasse música eletrônica e orquestral de uma maneira única", completou sobre as melodias da trama, que têm papel importante no andamento do roteiro.
O elenco inclui a bela Olivia Wilde, conhecida pelo papel de "Thirteen" na série de TV "House", e Bruce Boxleitner, que também participou no "Tron" original. Bridges, que completou 61 anos há poucos dias, interpreta dois personagens, um deles bem mais jovem graças ao 'bisturi' dos computadores. "No fundo meu personagem não mudou tanto, mas acredito que o entusiasmo dele pela tecnologia se perdeu um pouco por ter ficado preso dentro do computador", declarou o carismático vencedor do Oscar por "Coração Louco", em uma entrevista coletiva em Los Angeles. "Há 27 anos, 'Tron' foi um filme realmente de vanguarda. Claro que agora, ao olhar para trás, parece uma antiga série de televisão em preto e branco", completou.
Segundo Kosinski, o envolvimento no projeto demandou um grande interesse por design e criação. "Fiquei feliz com a possibilidade de criar um mundo a partir do zero, no qual os veículos, figurino, arquitetura e todo o restante são sentidos como se encaixassem de verdade", concluiu o diretor, que também admitiu o nervosismo para saber se cumpriu as expectativas dos fãs.
Fonte: AFP